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Diferença entre Lesão Aguda e Crônica do Tendão de Aquiles: Diagnóstico e Tratamento Cirúrgico

Atualizado: 4 de mar.

O tendão de Aquiles é o maior e mais forte tendão do corpo humano, sendo essencial para a locomoção e o desempenho de atividades físicas. No entanto, está sujeito a lesões que podem ser classificadas como agudas ou crônicas, dependendo do tempo de evolução e das características da lesão. Enquanto a ruptura aguda ocorre de maneira súbita, geralmente associada a um trauma ou esforço intenso, a lesão crônica é progressiva, resultante de um desgaste gradual do tendão.

Neste artigo, exploramos as principais diferenças entre a lesão aguda e crônica do tendão de Aquiles, com ênfase no diagnóstico e nas opções de tratamento, especialmente o cirúrgico.


Diferença Entre a Lesão Aguda e Crônica do Tendão de Aquiles


Lesão Aguda do Tendão de Aquiles

A ruptura aguda do tendão de Aquiles ocorre de maneira súbita, frequentemente durante atividades esportivas que exigem acelerações ou mudanças bruscas de direção, como corrida, salto ou futebol. O paciente pode relatar a sensação de um estalo na panturrilha, acompanhado de dor intensa e incapacidade de apoiar o pé no chão.


ilustração rotura Aquiles
demonstrativo rotura Aquiles


Tempo de Evolução

  • Ocorre de forma imediata, com perda abrupta da função do tendão.

  • Sintomas evidentes logo após o evento traumático.

  • Diagnóstico feito em poucas horas ou dias após a lesão.


Diagnóstico

  • Teste de Thompson: Compressão da panturrilha sem resposta de flexão plantar indica ruptura completa.

  • Ultrassonografia: Confirma a presença de descontinuidade no tendão.

  • Ressonância Magnética: Indicada para casos de dúvida diagnóstica ou para planejamento cirúrgico.


Tratamento Cirúrgico

A reparação cirúrgica precoce é recomendada para restaurar a função do tendão e reduzir o risco de reruptura. O procedimento pode ser realizado por:

Sutura aberta tradicional – Utilizada em rupturas extensas ou em pacientes com alta demanda funcional.


tecnica aberta

Técnica minimamente invasiva (percutânea) – Associada a menor taxa de complicações relacionadas à cicatrização e infecção.

Reconstrução com enxerto autólogo – Quando há falha na qualidade do tecido tendíneo remanescente.

Após a cirurgia, o protocolo de reabilitação inclui imobilização inicial e fisioterapia progressiva para restaurar a força e a mobilidade.


minimamente invasivo brasilia

Lesão Crônica do Tendão de Aquiles

A tendinopatia crônica do tendão de Aquiles é uma condição degenerativa que se desenvolve ao longo do tempo devido ao uso excessivo, microtraumas repetitivos e processos inflamatórios não resolvidos. É comum em corredores e atletas de alto rendimento, mas também pode afetar indivíduos sedentários com fatores predisponentes, como alterações biomecânicas ou uso inadequado de calçados.


Tempo de Evolução

  • Progressivo ao longo de meses ou anos.

  • Sintomas iniciais de dor e rigidez, agravando-se com o tempo.

  • Pode evoluir para uma ruptura crônica em estágios mais avançados.


Diagnóstico

  • Histórico clínico de dor persistente e redução da mobilidade.

  • Ultrassonografia Doppler: Evidencia degeneração e neovascularização patológica do tendão.

  • Ressonância Magnética: Mostra áreas de degeneração e calcificações, auxiliando na decisão terapêutica.


Tratamento Cirúrgico

Casos avançados, especialmente aqueles com falha no tratamento conservador, requerem intervenção cirúrgica. A abordagem depende do grau de degeneração tendínea:

Desbridamento e reparo primário – Remoção de tecido degenerado e reforço do tendão remanescente.

Transferência tendínea (Flexor Hallucis Longus - FHL) – Indicada para lesões extensas, em que o tendão de Aquiles está severamente enfraquecido ou apresenta perda significativa de estrutura. O tendão do flexor longo do hálux é utilizado para reforçar a função do Aquiles e restaurar a biomecânica do tornozelo.

Alongamento gastrocnêmio-solear – Para aliviar sobrecarga na região tendínea.

Reconstrução com enxerto ou matriz biológica – Alternativa para lesões complexas.

O pós-operatório envolve fisioterapia rigorosa e retorno gradual às atividades físicas.


Conclusão

A principal diferença entre a lesão aguda e crônica do tendão de Aquiles está no tempo de evolução e no tipo de dano causado ao tendão. Enquanto as rupturas agudas requerem reparo imediato para restaurar a função, as lesões crônicas podem necessitar de transferência tendínea e outras técnicas cirúrgicas para garantir a recuperação adequada.

Se você apresenta dor persistente no tendão de Aquiles ou sofreu uma lesão recente, busque avaliação especializada. O tratamento precoce pode evitar complicações e garantir uma reabilitação mais eficaz.


📌 Agende uma consulta com um especialista para avaliar seu caso e iniciar o melhor plano de recuperação!


📌 Resumo Rápido (Bullet Points)

Lesão aguda do tendão de Aquiles ocorre de forma súbita, geralmente em esportes de impacto.

Lesão crônica se desenvolve ao longo do tempo devido ao desgaste progressivo do tendão.

Sintomas da lesão aguda: dor intensa, estalo audível e perda da função do pé.

Sintomas da lesão crônica: dor persistente, rigidez e fraqueza progressiva.

Tratamento cirúrgico da lesão aguda: sutura aberta, técnica minimamente invasiva ou reconstrução com enxerto.

Tratamento cirúrgico da lesão crônica: desbridamento, reforço com enxerto ou transferência do tendão flexor longo do hálux (FHL).

Reabilitação pós-cirúrgica: imobilização inicial seguida de fisioterapia para restaurar a força e mobilidade.

Atenção! Se você apresenta dor no tendão de Aquiles ou suspeita de lesão, consulte um ortopedista para avaliação e tratamento adequado.

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